Montag, Dezember 25, 2006

VIVER A MORTE

A morte é uma característica essencial da humanidade,
mas não é a única que tem consciência da inevitabilidade
da morte. A sociedade actual desenvolveu níveis notórios
de progresso cientifico-tecnico, também ao nível da medicina
e da melhoria da qualidade de vida, que altera a própria vida
da humanidade. Daqui surgiu uma nova cultura, com um
quadro axiológico próprio, ao que lhe podemos chamar
pós-modernidade. Esta cultura não aceita a morte, que se
converteu num facto escamoteado e numa doença social.
Num passado recente, a morte ocorria em casa, onde o moribundo
passava os últimos dias, num ritual familiar e social, hoje, a pessoa
falece em instituições hospitalares, rodeada de uma panóplia de
maquinas e soluções medicas, mas na maior solidão.
O direito a uma morte digna pressupõe a inviolabilidade de
uma vida humana, traduzida na condenação ética e jurídica da
eutanásia, ainda que por compaixão e a pedido do doente, a supressão
de tratamentos fúteis e que causam grande sofrimento ao doente,
a necessidade de incrementação de cuidados
paliativos, que respeitam o processo de morte em curso e promovam a
qualidade de vida do doente.

Montag, Dezember 18, 2006

PINOCHET

Mais uma vez a historia perdeu a oprtunidade para se redimir.
A justiça uma boa causa para prevalecer.
Traido pelo coração, uma suprema ironia para quem nunca mostrou sentimentos, Augusto Pinochet morreu sem ser julgado, sem pagar pelos inumeros crimes que cometeu.
O milagre economico chileno vestiu-se de sangue durante anos a fio sem que a maioria das democracias ocidentais tenham mostrado o minimo de emoção. A hipocrisia foi ensurdecedora.
Á imagem de Milosevic, Pinochet é mais um criminos a desaparecer sem ser julgado. Quem será o proximo?
Bush? Blair? Putin?
Já reza a historia, quem espera, desespera!

Donnerstag, November 30, 2006

O PRINCIPIO DO FIM...

Elsa era uma miúda normal.
Uma adolescente, cheia de sangue na guelra, 15
anos espevitados, com ohos azuis, cabelo
de seda e um corpo a prometer pecado.
Na idade do tudo ou nada.
Gostava de ser olhada pelos rapazaes e sabia
que mesmo os homens mais velhos a miravam
na rua. Mas isso não a fazia sentir mal.
Um novo sentimento de feminilidade corria-lhe
nas veias, embora não sabia muito bem o que
isso era, mas Elsa já percebia como se
manifestava o desejo.
Mas, o pior, é que também aprendeu
que a frescura da pele dela pode ter um preço.
E esse valor pode render tudo e mais alguma coisa.
Pelo menos foi o que uma das melhores amigas
Rita lhe contou e que se quiser ir a umas festas
com uns sujeitos que ela conhece pode comprar
tudo o que desejar. Elsa, pensou muito nisso.
Já fumava e já bebia.
Achava os rapazes da idade dela um bocado
parvos, meteu-se num carro com um amigo da
Rita que lhe disse que ela era muito gira.
A Elsa foi presa numa noite.
A policia afirmou que Elsa se estava a prostituir.
A mãe da Elsa achou que foi só um mau passo.
O pai, esse, não acha nada.
Raramente vivia com elas.
Afinal de contas a mãe da Elsa engravidara cedo
e também tivera problemas.
O ciclo da pobreza repete-se,
de geração em geração.
E repete-se, em todos os cantos do país.

Dienstag, November 07, 2006

O FIM DA CRISE!

Há dias o Ministro Antonio Pinho decretou o fim da crise!
(Não disse foi para quem!)
Tamanho júbilo só na cabeça do Ministro!
A avaliar pelos exemplos seguintes, podemos constatar que o Ministro tem razão.
Santana Lopes é o novo acessor juridico da EDP, (pela mão de Antonio Mexia)
com um ordenado de 10.000 Euros/mes.
No dia 1 de Abril de 2002 o Juiz Branquinho Lobo fora sujeito a uma "junta médica" que
por força de uma doença do foro psiquiátrico, considerou a sua incapacidade para estar ao serviço do Estado o que foi determinante para a passagem á aposentação.
Por esse motivo o DR. Branquinho Lobo passou a auferir uma pensão de aposentação de 5.320.00 Euros/Mes.
Contudo por resolução proferida no dia 30 de Julho de 2004, o Conselho de Ministros do Governo de Santana Lopes nomeou o DR. Branquinho Lobo como Director Nacional da PSP.
Desde então, o DR. Branquinho Lobo acumula a sua pensão de aposentação por INCAPACIDADE com o vencimento de Director Nacional da PSP!!

A GALP tem vindo a ser um albergue de parasitas no que toca a incompetentes.
Um quadro superior da GALP, admitido em 2002, saiu com uma indemnização
de 290.000 Euros em 2004, que entrara pela mão de Antonio Mexia e saiu de lá para a REFER,
quando Antonio Mexia passou a ser Ministro das Obras Públicas e Transportes.
O filho de Miguel Horte e Costa, recém licenciado entrou para lá aos 28 anos e a recerber 6.600 Euros/Mes.
Freitas do Amaral, foi consultor da empresa entre 2003 e 2005, por 6.350 Euros/Mes, além de gabinete e seguro de vida no valor de 70 meses de ordenado!
Manuel Queiró do PP, era administrador da area do imobiliario, 8000 Euros/Mes.
Guido Albuquerque, cunhado de Morais Sarmento, foi sacado da ESSO para a GALP, custo:
17 anos de antiguidade, ordenado de 17.400 Euros/Mes e seguro de vida igual a 70 meses de ordenado.
Ferreira do Amaral, presidente do conselho de administração, era renumerado de forma simbolica,
3.000 Euros/Mes, pelas presenças. Pouco depois da nomeação passou a receber PPRs de 10.000 Euros/Mes, o que prefaz um ordenado "simbolico" de 13.000 Euros/Mes!
Mas há mais!
Antes sustentar as gasolineiras espanholas que estão no mercado que estes vampiros!

Freitag, Oktober 06, 2006

MUNDO DA MENTIRA

O terror e o medo espalham-se por todo o planeta a um ritmo confrangedor.
Recentemente foram anunciadas medidas, visando julgar ditadores e criminosos de guerra em varios continentes, acusados de crimes de genocidio e contra a Humanidade, relançando-se uma certa esperança na defesa do Direito Internacional.
Mas, esta realidade apenas oculta uma verdade.
A justiça contemporanea é executada pelos fortes e vencedores de uma Historia imoral e manchada de sangue.
Senão vejamos: quem julgará os responsaveis do desmantelamento e desmembramento da ex-Jugoslavia, quem julgará os culpados pelo genocidio dos povos Afegãos e Iraquianos, pela opressão bárbara contra o povo Palestiniano, pela ruina e FOME em Africa, pela violencia e o terror praticados nas ditaduras sul-americanas, pela situação caótica de corrupção e miseria no Leste Europeu e por todos os crimes praticados contra os povos impotentes e a igreja que através da inquisição praticou os crimes mais abjectos?
Bush, Blair, Barroso e comparsas obdientes continuam a sorrir, deambulando impunes e serenos da vida……….

Donnerstag, September 21, 2006

O GRITO DAS VERDADES MUDAS

o Axadresado e a Magna Editora vem por este meio convidar vossas EXS: para o lançamento do:
O GRITO DAS VERDADES

Magna Notícias2006.09.21

LANÇAMENTO DE LIVRO No Sábado, dia 30 de Setembro de 2006, terá lugar o lançamento do livro “O grito das verdades mudas”, no Museu da Cidade de Lisboa, no Campo Grande. O autor, Paulo Jorge , nasceu em Braga, ao décimo dia de Janeiro, decorria o ano de 1977, e foi aí que viveu até aos seus 12 anos. Após essa idade deu início à viagem que é a sua vida. E viagem é a palavra certa para descrever essa vida. De Braga foi para o Porto, aos 16 anos seguiu para Lisboa e aos 18 o destino foi a Alemanha. Daí estabeleceu ponte para toda a Europa e alguns países da Ásia, como o Iraque. Dos 18 aos 26 anos conheceu toda a Europa onde teve a possibilidade de conhecer as realidades políticas, sociais e religiosas dos mais diversificados países. Aos 26 anos voltou a Portugal e sentiu a necessidade de intervir, escolhendo a escrita como forma de apaziguar essa necessidade de alertar para as injustiças a que assistia. É dessa necessidade, aliada aos conhecimentos adquiridos através da convivência com povos de dispares culturas, que resulta esta primeira obra do autor. ler mais



MAGNA EDITA FRANCESCA LAMBRUSCCO A obra de Francesca Lambruscco será editada em Portugal pela Magna Editora. Francesca Lambruscco nasceu no dia 10 de Abril no ano de 1976 na província de Modena, em Itália. Filha de pai italiano e mãe portuguesa. Desde muito nova cultivou o gosto pelas línguas, escrevendo e falando fluentemente italiano, português e francês, tornando-se esta última uma grande paixão. ler mais

Montag, September 04, 2006

LIBERDADE NO ENSINO

A liberdade é, muito justamente, um valor que os portugueses apreciam.
Mas há dimensões da liberdade que, 30 anos depois do 25 de Abril, ainda não parecem perfeitamente entendidas.
É o caso da liberdade de ensino.
Liberdade, antes de mais, para as famílias, que deveriam ter o direito de escolher a escola para os seus filhos.
Mas muitas vezes não o podem fazer, por razões económicas.
É que as escolas do Estado, pagas com o dinheiro de todos os contribuintes, são gratuitas ou quase.
Já as escolas privadas, que recebem cada vez menos apoios do Estado, essas têm de cobrar quantias que nem todos podem pagar.
Assim, inúmeros pais vêem-se forçados a mandar os filhos para escolas públicas, que com frequência transmitem aos alunos valores e conceitos que não são os das suas famílias.
Onde está, então, a liberdade?

Freitag, August 18, 2006

O DESEJO DA PAZ

A história ensina que a paz é um bem frágil.
Desejada por quase todos, continuamente desvanece por falta de clarividência, conflito de interesses ou injustiças prolongadas.
Vivemos hoje um desses momentos.
Aguardamos, de respiração suspensa, o desencadear de uma nova guerra.
Intuímos que ela poderá transbordar o quadro circunscrito do Médio Oriente, “novamente”.
Assistimos, provavelmente, aos últimos dias da ordem internacional laboriosamente construída depois da II Guerra Mundial.
Há alterações profundas em curso.
Mas por entre recriminações e violência que não auguram bom futuro para a ordem nova em gestação.
São, no entanto, também um sinal destes tempos conturbados as manifestações públicas que, um pouco por todo o lado, têm decorrido em favor de uma resolução pacífica do contencioso.
Em grande parte ordeiras, apelam à não violência e congregam pessoas de sensibilidades e proveniências ideológicas muito diversificadas.
Haja ou não guerra, haverá que lembrar estas vozes.
Irrealistas? Talvez.
Politicamente motivadas? Algumas!
Mas trazendo, nos seus vasos de barro, um sonho antigo, ameaçado por uma guerra mediatizada:
Que um dia a humanidade se irá reconciliar e as nações «transformarão, por fim, as espadas em relhas de arado»

Que assim seja!!!!!!

Mittwoch, Juli 26, 2006

MÉDIO ORIENTE

O Médio Oriente está, outra vez, a ferro e fogo.
Não é surpreendente, mas reitera a certeza de que a paz na região continua a não passar de um sonho – um sonho que muitos querem ver realidade e uns tantos, poucos, teimam em perpetuar.
É, escusado seria dizê-lo, o resultado de tensões e ódios acumulados que o fanatismo político e religioso gera, à revelia do direito e da justiça, à margem do mais elementar respeito pela vida humana.
A razão anula-se no terçar das razões e das armas – e o que fica é um rasto de destruição inexplicável de vidas e bens, que o mundo olha com aquela preocupação meio abúlica que a distância e o hábito mitigam.
E a diplomacia, a única solução real para o conflito, essa vai-se enredando em reuniões, palavras e discursos, incapazes, só por si, de convencer a largar as armas e a dialogar quem faz das armas os seus argumentos e da violência a sua linguagem.
De um lado e do outro, as vítimas aumentam de dia para dia, como sempre a maioria delas inocentes.
E já há mais de meio milhão de pessoas deslocadas das suas terras e casas.
Não se sabe quando as armas se vão calar.
Pode ser agora, pode demorar dias.
Mas cada hora de guerra que passa é uma machadada no futuro da região e – não se duvide – do mundo.
Ou não fosse a paz um valor universal.

Samstag, Juli 22, 2006

CONTRA A POBREZA

A pobreza é um flagelo contra o qual a humanidade tem de lutar sem parar.
Frases destas podem parecer banais.
Mas a pobreza é um escândalo num mundo onde já existem recursos suficientes para tirar toda a gente da miséria.
Ora, nem nos países mais ricos do mundo a extrema pobreza foi erradicada.
Eis uma terrível interpelação à consciência do poder político.
Depois do colapso do comunismo ter levado muita gente a desistir de mudar o mundo, a esperança e o sentido de responsabilidade por parte da sociedade não podem aceitar a resignação ao intolerável.
Acabar com a pobreza não é fácil.
Mas é um imperativo.
Sobretudo em Portugal, o país da União Europeia,
com maior desigualdade entre ricos e pobres.

Mittwoch, Juli 19, 2006

VATICANO

O “nazista” Bento XVI decidiu abrir “todos” os arquivos do Vaticano entre 1922 e 1939 a partir de 18 de Setembro.
Os estudiosos e historiadores passarão a ter acesso a documentos que “poderão ajudar a esclarecer” o que a Igreja Católica sabia e o que (não) fez em relação ao advento do social-nazismo, na Alemanha.
Em causa estão os arquivos secretos e os registos de Estado do Pontificado do papa Pio XI, o papa de Hitler.
Há muito que os historiadores vêem a pressionar o Vaticano para que os arquivos da altura fossem abertos, de modo a que as dividas fossem esclarecidas tais como se o Vaticano sabia (ou não) sobre o massacre dos judeus na Europa.
O papa Pio VII, eleito em Fevereiro de 1939, é acusado de ter omitido o holocausto. O que os historiadores não irão encontrar é explicação para o facto da Igreja/Vaticano terem omitido o holocausto.
Tampouco irão encontrar documentos sobre o tratado com a Alemanha nazista em 1933, tratado esse que fora coordenado pelo então secretario de estado do Vaticano Pio VII, durante o papado de Pio VI.
A herança desse acordo que dura até hoje, que é o Kirchensteuer, taxa da Igreja, taxa essa que é deduzida automaticamente nos salários do povo alemão e que vale tanto para católicos, como para protestantes.
(a menos que renunciem á religião)
Em 1978 o faturamento dessa taxa chegou a um bilhão e novecentos milhões de dólares.
A posição de Pio VII sobre as “guerras justas” foi comunicada aos cleros de França e Alemanha de uma forma que os autorizou a declarar aos oposicionistas que tinham a bênção da Igreja.
Mas esta abertura aos arquivos por parte do Vaticano é sem duvida um passo importante.
Mas, será que os historiadores terão acesso a todos?
Não creio, porque isso seria uma derrocada para o mundo católico.
Ao longo dos tempos o Vaticano sempre se moldou e moldará em tornos dos interesses monetários, essa é a religião do Vaticano.

Donnerstag, Juni 22, 2006

DE VOLTA AO FASCISMO?

No passado mês de Maio, fora entregue no Parlamento o primeiro pedido de referendo da nossa historia constitucional.
80 mil assinaturas, ou seja, 80 mil portugueses, solicitaram a realização de um referendo sobre a procriação medicamente assistida.
Algumas técnicas que a ciência oferece para ajudar a ter filhos, suscitam graves problemas de ordem moral.
Daí o pedido de referendo, certamente discutível, mas, legitimo.
Desde logo a maioria dos deputados, preferiram porém ignorar o pedido de referendo, logo após a sua entrega e a lei fora aprovada.
O que sendo legal, é politicamente estranho, revelando elevado desinteresse pela vontade das pessoas, o que revela uma manifestação de má fé, assim o prestigio dos deputados sofre mais um rude golpe.
Pondo em causa a possibilidade de, por iniciativa dos cidadãos, se organizarem referendos.
Tudo isto revela o serviço que o poder politico presta á ANTIDEMOCRACIA, ou será que estamos de volta ao fascismo?

Donnerstag, Juni 15, 2006

A CONTRADIÇÃO

É curioso quem ao mesmo tempo que em Portugal a polémica sobre o encerramento das maternidades está a atingir o seu ponto de ruptura, com o ministro da saúde a dizer que a vida dos recém nascidos está em risco e os autarcas respondem que o ministro diz disparates, o Presidente da Republica afirmou numa conferencia sobre o futuro da Europa, que é necessário responder aos anseios mais imediatos das populações para que estas acreditem que há um futuro á sua frente.
Os anseios mais imediatos das populações, neste caso é que as “suas” maternidades se mantenham abertas.
Mas, para que o Estado consiga ter dinheiro para poder continuar a assegurar hospitais, escolas, pensões para todos necessita urgentemente de cortar despesas. Há aqui uma contradição entre os anseios mais imediatos dos que pretendem ao mesmo tempo manter as maternidades, as escolas, as reformas e os inúmeros serviços e direitos a que o Estado social nos habituou.
Anteriormente fora votada a lei da nacionalidade, ou seja quem nasce em Portugal é português, lei essa que vigora em Espanha há muito.
E agora as mães portuguesas que terão os seus filhos em Espanha, será que esses serão portugueses ou espanhóis?
Eis a contradição!

Sonntag, Juni 11, 2006

TIMOR

Quatro anos depois da conquista da independência, num processo dramático, as armas ouvem-se de novo no país, timorenses contra timorenses, provocando vítimas e obrigando milhares de pessoas a procurarem refúgio além-fronteiras.
Não é fácil encontrar uma razão objectiva para este regresso da violência.
Mas não se andará longe da verdade, se se disser que tudo se deve a uma conjugação de circunstâncias que se mantêm latentes no país: questões étnicas nunca ou mal resolvidas, inexperiência política, falta de maturidade democrática e – a mais importante, a que acaba por fazer emergir as outras – a prevalência de poderosos interesses económicos relacionados com o petróleo do Mar de Timor.
A situação não é fácil de resolver, tanto a nível político como militar, e exige uma resposta pronta da comunidade internacional, aliás já concretizada com a chegada de tropas australianas e de um contingente português da GNR.
É, porém, apenas, a acção imediata possível, com o intuito de pôr fim aos combates – e está longe de levar, só por si, a uma solução duradoura e estável.
Essa terá de passar pelos próprios timorenses, a começar pelos órgãos de soberania, através da consciencialização de que, para lá das divergências, só a comunhão de objectivos pode conduzir à reconstrução do país.
A aceitação quase unânime da sua voz por parte da população pode traduzir-se, como noutras ocasiões graves, numa grande capacidade de unir.
E a união conduz sempre à paz.

Sonntag, Mai 28, 2006

ATÉ QUANDO?

Passaram agora três anos sobre a intervenção militar no Iraque, liderada pelos Estados Unidos.
Num rápido balanço dos resultados, constata-se que Saddam Hussein foi derrubado e que se esboça no país, pelo menos em teoria, um regime democrático.
Mas, constata-se também e é isso que infelizmente, mais se destaca, que morreram milhares de pessoas, numa arrepiante cadencia praticamente diária que não dá mostras de diminuir.
E o que é mais estranho é que são os Iraquianos, na sua maioria civis inocentes, as principais vítimas da violência que se espalha pelo país.
Embora recentemente, se tenha reacendido, de forma sangrenta a velha luta intestina entre sunitas e xiitas, é sobretudo o terrorismo a ditar a sua lei.
Sempre injustificado por natureza, mas neste caso, inexplicável.
Iraquianos, matar Iraquianos, porquê?
E para quê?
Responder-se-á que o objectivo é criar terror e instabilidade.
Mas se assim é, não se entende a vantagem imediata, ou a prazo tiram os Iraquianos desse caos, se já se percebeu que não é por aí que passa uma retirada das tropas estrangeiras, alegadamente, a meta pretendida.
Certo é que três anos depois, o povo Iraquiano continua a ser vítima da opressão. Não de um brutal ditador, como era Saddam, mas da brutalidade de quem o utiliza como pretexto para justificar e prosseguir uma luta sem lógica e sem razão, que se estende muito para além das fronteiras do Iraque.
E o pior o mais preocupante, é que a consciência internacional parece ter sido invadida por uma onda de indiferença.
Ou, o que é ainda mais grave, parece ter-se convencido da sua impotência perante a tragédia, ou terão todos medo do Bush.

Se assim é, até quando??

Montag, Mai 22, 2006

PROCRIAÇÃO MEDICAMENTE ASSISTIDA

Muito se tém falado da procriação medicamente assistida.
Isto é, de técnicas que a ciência oferece para ajudar a ter filhos quem sofre de infertilidade.
Mas, no meio de tantas notícias, foram escassos os ecos do colóquio realizado na Assembleia da Republica sobre esta matéria.
Está em preparação uma lei sobre a procriação medicamente assistida.
Lei, decreto indispensável, pois o presente vazio legal não pode prolongar-se indefinidamente.
Mas são vários, complexos e delicados os problemas éticos que o tema levanta. Desde a instrumentalização de embriões humanos até á possibilidade de uma criança ter um pai biológico desconhecido.
Por isso, qualquer lei deverá ser precedida de um esclarecimento á generalidade das pessoas.
Não se compreende a aparente urgência de alguns.
Uma lei com tão graves implicações não pode ser feita á pressa, tampouco á revelia do povo, quase clandestinamente,
Há que pensar e há que discutir.
É uma questão de cidadania.
Só assim será possível o indispensável debate sério em torno dos limites morais da reprodução medicamente assistida.
A ciência é fundamental, mas tem limites que a própria dignidade humana impõem.
Talvez não fosse melhor, antes da discussão deste tema, desburocratizar a questão da adopção????

Sonntag, Mai 21, 2006

COMUNICAÇÃO SOCIAL

Comemorou-se este mês o dia mundial da liberdade de imprensa.
É uma celebração que não tendo um significado iminente, teve pelo menos o mérito de chamar a atenção para uma questão que nos últimos tempos tem merecido particular relevo na sociedade.
Ultimamente a comunicação social tem vindo a denunciar uma série de situações perversas, umas vezes com algum excesso, a maioria porém, limitando-se a clamar que o rei vai nu.
Na verdade, os últimos tempos têem sido marcados por uma sucessão de situações criadas por indivíduos bem instalados no poder, no sistema, pessoas que permitem comportamentos desonrantes que a moral reprova.
É então que a comunicação social cumpre a sua obrigação, ao denunciar os excessos ou, falcatruas que tomam conhecimento.
(o caso envelope 9, é disso exemplo.)
Como consequência imediata do mal-estar gerado, chegam então a registar-se tentativas conducentes á adopção de medidas que apontam no sentido da limitação da plena liberdade de informar, expressar.
Daqui se induz que se outro mérito não teve a comemoração do dia mundial da liberdade da imprensa, pelo menos que ele sirva de alerta a quem vai povoando as paginas de letras em favor da tão badalada Democracia.
Em Portugal, não existe liberdade de expressão,
mas antes, liberdade de expressão condicionada…..

Freitag, Mai 12, 2006

INCENDIOS

Quando o calor se faz convidado, aproxima-se a época de incêndios.
Os Ministros da Administração Interna, mais parecem papagaios a imitarem os seus antecessores, parece genético.
Falam em dispositivos, articulação de meios, helitransportados e combate mais eficaz.
Desde a limpeza das matas, desobstrução de acessos ao interior das florestas, etc…. é que ninguém fala!
Mais grave ainda, ninguém faz!
Os ministros mais criativos, ainda se esforçam para encontrarem palavras novas, ou, expressões sonantes, mas, tudo isso são formas de mascarar o discurso, como na estátua do Eça, a nudez forte da verdade.
Para os políticos é difícil imaginar qualquer coisa simples!
Todos se recordam dos equipamentos “xpto” para equipar os C-130 da Força Aérea, hoje a apodrecer na base do Montijo.
António Costa, prometeu que os incêndios vão começar a ser combatidos menos de 15 minutos depois de soar o alerta.
Mas, de que serve começar a atacar as chamas em tempo recorde, quando estas avançam por caminhos sem acesso aos Bombeiros, tampouco ás viaturas?
É certo que existem meios aéreos, mas só os mais amnésicos e cépticos é que acreditam que a salvação vem dos céus.
A garantia que temos, é que se vai arder menos este ano, é de facto porque existem menos arvores á disposição do fogo, ou seja, já arderam.
O resto é conversa.

Samstag, April 29, 2006

TERRORISMO AMERICANO

Mais uma vez a nossa atenção é chamada para o Médio Oriente.
Grita-se aos quatro ventos que o Irão vai fabricar a bomba atómica.
Esgrimem-se palavras, gritam-se ameaças.
Alarmam-se países que serão os futuros alvos e proferem-se ameaças de ataque atómico.
Na televisão vê-se a “madame” Condolleeza Rice proferir as ameaças que o seu “patrão” Bush lhe pôs na boca ao dizerem haver provas que o Irão iria fabricar a bomba.
É certo que a comunidade internacional não deve confiar no presidente do Irão, mas, em Bush, pior……
Também diziam que o Iraque tinha armas de destruição maciça e até agora…….
O que apareceu no Iraque mais pareciam tubos dados ao abandono…
Ou seria o petróleo? O ouro negro.
Ainda bem que não há petróleo no Beato, caso contrario os “serviços secretos” desconfiariam que o zimbório da Basílica da Estrela seria um silo atómico.

Donnerstag, April 27, 2006

APITO DOURADO

No passado 11 de Abril de 2005, o axadresado mostrou-se preocupado com o processo Apito Dourado, sobre esse processo escreveu um manuscrito e publicou-o no seu blog, eis o resumo: "….um processo com 14800 folhas, 368 testemunhas, 198 arguidos, é preocupante.
Mas mais preocupante, é correr o risco dos portadores do guião, começarem a desaparecer pelo caminho “perdidos” nos labirintos das decisões contraditórias da nossa “famosa”justiça.….impressiona e faz temer o pior ou seja que as coisas se arrastem até ás……… águas de bacalhau.
…os suspeitos não prenunciados, raramente conquistam na avaliação das provas o galardão da inocência, porque o que fica é isso mesmo, a insuficiência da prova, ou até mesmo a simples dúvida, que na enciclopédia jurídica opera a favor do réu.Mas 198 arguidos, espelham desde logo, uma rede ilicitudes, de proporções tentaculares cujo, agentes manobrariam a seu talente….”
Não digam que eu não avisei!
Os fumos de corrupção que nos venderam, nem a fumaça chegaram.
Foi tudo um “delírio” e agora os “massacrados” na praça pública vão exigir a devida reparação. Enquanto tivermos pessoas a passarem pela sombra da justiça, temos pessoas acima da lei.
Em Portugal, é o arbítrio e não o árbitro que acaba sempre impune.
Agora foi o Apito dourado, amanhã será
o Casa Pia.
Assim vai a Justiça.

Mittwoch, April 26, 2006

25 de ABRIL

O 25 de Abril, foi um momento histórico e único, daqueles que apenas se vivem uma vez na vida. (não fora o meu caso, nem das colheitas seguintes)
De um momento para o outro, e durante escassas semanas, os portugueses sentiram-se libertos de todas as preocupações, de todas as responsabilidades e de todos os problemas.
De um dia para o outro tudo parecia ser possível, todas as liberdades podiam ser conquistadas, todas as peias podiam ser derrubadas, enfim todos os sonhos pareciam possíveis.
Mas, a festa, como todas as festas, não podia durar sempre.
Rapidamente muitos começaram a perceber que eram eles que iam ter de pagar o pagode dos outros.
O milhão de portugueses espalhados pelas colónias.
Os empresários escorraçados e espoliados, na maioria das vezes injusta e desapiedadamente, do que era seu.
Os que se opunham á degradação, de todas as formas de hierarquia e autoridade.
Os que conseguiam ver com clareza e coragem subtil, e por vezes pouco subtil, estratégia de conquista de poder pelos partidários de uma nova ditadura. Os que conseguiram distinguir claramente entre o 25 de Abril e o 26 de Abril. Em 1974 Portugal era um país onde os jornais apenas podiam publicar noticias que não desagradavam ao Governo.
Onde as pessoas pensavam, diziam e faziam era controlado, vigiado e reprimido pela polícia.
Um país onde as mulheres precisavam de autorização do marido para obter passaporte. Um pais onde se morria de fome e miséria. (se bem que hoje…)
Um país que esgotava os seus recursos numa guerra colonial sem esperança e sem futuro. Um país isolado internacionalmente, sem apoios nem perspectivas, etc. etc.….
Enfim um país engravatado e triste, onde a única condição de sobrevivência era o respeitinho.
Um país fora de tempo.
Ontem muitos se questionavam por causa do Presidente da Republica não ter usado o “celebre” cravo, isso são questões desfocadas.
No 25 de Abril celebra-se o derrube do 24, não o alvorecer do 26.
O que se celebra a 25 de Abril é o derrube da ditadura por um punhado de militares corajosos a quem devemos, independentemente do que se seguiu, homenagem e gratidão e não a chinfrineira do 26.
24 de Abril, NUNCA.
26 de Abril, se todos nós quisermos.
25 de Abril, SEMPRE.
FASCISMO, NUNCA MAIS.

Sonntag, April 23, 2006

CRIANÇAS E JUVENTUDE 2

O nível de uma sociedade mede-se pela forma como são tratadas as suas crianças.
Muitas delas vivem cada vez mais numa realidade imposta, que não escolheram.
Por isso se vêem cada dia atropeladas por problemáticas que não são próprias da sua idade e que não os deixaram ver além disso, que não lhes dão perspectiva de futuro, nem a hipótese de escolherem um futuro.
Uma realidade que os desborda, transborda, a cada dia e não e não permite pesquisar o aprofundamento.
Só um olhar afastado permite a compreensão dos acontecimentos.
Só um esforço colectivo pode promover o protagonismo juvenil, pensar e repensar na própria realidade para nela poder agir como possível interventor do seu momento histórico.

Sonntag, April 16, 2006

CRIANÇAS E JUVENTUDE 1

O país todas as semanas acorda alarmado com noticias chocantes de actos violentos protagonizados por crianças que ainda deviam andar a jogar ás escondidas, mas que se comportam como autênticos bárbaros.
Logo os “espertos do costume” advogam medidas duras, mudanças legislativas, que é para eles aprenderem.
Mas, este tipo de problemas não se resolve com políticas agressivas, mas sim com uma nova cultura de respeito pela infância e juventude.
Estes rapazes não estão a fazer nada de mais que devolver á sociedade a falta de esperança que esta lhes proporcionou.
Estas passagens ao acto não são mais do que desesperadas e vãs tentativas de encher um gigantesco vazio interior, motivados por mãos tratos passados, num processo de identificação ao agressor.
O modelo de protecção das crianças e jovens assentou sempre numa lógica caritativa, onde a igreja assumiu um papel destacado, mas, no entanto, esse modelo está caduco e dado ao erro e ás sua conjecturas conspirativas, hoje é um modelo obsoleto e carece de dignidade.
Em 2000 foi feita uma mudança legislativa, (modelo importado do Canadá) que seria um modelo legal, evoluído e moderno.
No entanto a mudança de paradigma, só se deu ao nível do papel, visto as respostas serem as mesmas.
As pessoas que trabalharam esse modelo estão enfermas da falta de estudo, competência………… para o efeito.
As mentalidades não se mudam por decreto.
Não podemos ter leis do Canadá e respostas da Tanzânia.
É urgente devolver ás crianças a sua fantasia infantil e a esperança de terem uma vida com dignidade.

(continua)

Donnerstag, April 06, 2006

SOLIDÃO

Marcelo gesticulava na televisão.
O café estava cheio e ninguém, aparentemente, está a ouvir o professor.
É domingo, portanto, passam já uns bons minutos das nove da noite.
A meu lado, um homem mastiga solenemente uma bifana.
Junto a si, um copo de cerveja também meio adormecido, um jornal desportivo ainda dobrado a meio e um telemóvel de modelo antigo.
O homem olha em volta.
De repente, pega no telefone, tecla alguns números, espera uns instantes e encosta-o ao ouvido dizendo: Olá boa noite…!
Olhei para outro lado, reparei noutras mesas, tentei perceber os comentários do professor Marcelo, na RTP1, através do movimento dos seus lábios, espreitei a agitação dos funcionários no balcão e regressei ao homem da bifana.
Uns minutos depois, continuava a mastigar lentamente, a sandes com um pedaço de bife e a falar ao telefone.
A conversa era parca em palavras.
Ele ia assentindo com a cabeça e monologava “sins” e “huns” e pouco mais.
Falava e olhava á volta.
Ás vezes, reparava em mim, que era o cliente mais próximo, e quando nos cruzávamos o olhar tornava-se mais expansivo, gesticulava, dizia “hun, hun, pois, pois, estou a compreender” e coisas assim.
E sorria-me, como se eu entendesse a conversa.
Desligou o telemóvel ao fim de quase dez minutos.
Ergueu a mão, e pediu a conta,
Pagou e saiu, dando boas noites em voz alta a qual só eu respondi.
Algum tempo depois, o empregado aproxima-se da sua mesa, limpa as migalhas de pão, as gotas de cerveja e já quase ia embora quando se vira para mim e diz: “Reparou no velhote que aqui esteve?”
Disse que sim e ele acrescenta: “ Sabe? Coitado, vive sozinho e janta sempre a mesma coisa.
Uma bifana e uma cerveja.
Ás vezes pede sopa e um croquete.
Vive sozinho, não tem ninguém.
Não sei se reparou, ele estava para ali a falar ao telefone.
É sempre a mesma coisa.
Ninguém lhe liga.
Aquilo é tudo a fingir.”
De repente, recordei o olhar dele e percebi como era amargo.
A solidão é mesmo uma armadilha.

Montag, Januar 23, 2006

PRESIDENCIAIS, RESCALDO

Foram sem duvida umas Presidenciais atípicas, onde as campanhas começaram e acabaram, com velhos argumentos.
Vendavais de palavras e como sempre, varre-se o chão e tudo voa…
Muito se disse, mas, muito ficara por dizer e talvez por isso, resultara (mais uma vez) num grande número de abstenção.
Houve um Grande Vencedor, Cavaco Silva, que se demarcou de tudo0 e de todos, e caminhou só, rumo á vitoria e maioria absoluta, só.
Houve no entanto, um Vencedor, o profeta poeta, Manuel Alegre também ele caminhou sozinho nos trilhos eleitorais, apesar das pressões.
Mas poderá ver o seu nome “manchado” nas hostes partidárias.
Houve um derrotado anunciado, Mário Soares, fora derrotado pela ambiguidade, desrespeito e arrogância.
O Grande Derrotado, foi José Sócrates, provou não estar á altura de reunir consenso e escolher o candidato e com isso partiu o Partido Socialista.
Mais que um congresso extraordinário antecipado, esperemos que não venha a ter consequências negativas no Governo, já que no partido, essas evidências são inevitáveis.
O PCP de Jerónimo, conseguiu um dos melhores resultados Presidenciais.
Porém não conseguiu os objectivos a que se propusera: derrotar a direita e passar á segunda volta. (com muita pena nossa)
O BE obteve o resultado que mereceu, o povo provou ao SR: Louça que a indução á irresponsabilidade e drogas livres não é caminho para ninguém.
Garcia Pereira, só seria noticia, se não sem candidata-se.

Esperamos que Cavaco seja, como ele disse, o Presidente de todos os Portugueses, que seja melhor que seu inocente apocalipto antecessor
Para bem de todos.
Para bem de Portugal!

Samstag, Januar 21, 2006

CANTODALUA

A fim de tornar palavras o silencio que mora dentro de nós, o AXADRESADO decidiu abrir o CANTODALUA em http://cantodanoite.blogspot.com um espaço destinado á POESIA e PENSAMENTOS, a fim de lhes prestar a devida homenagem.
Porque, afinal nem só aos profissionais das letras cabe o monopólio da palavra escrita, a nós também.

Freitag, Januar 20, 2006

A POBREZA ll

Já tivemos governos mais sensíveis e outros que passam a leste do problema. As respostas ensaiadas, independentemente dos seus defeitos ou, méritos sempre tiveram um ponto em comum: a falta de apoio politico consistente alargado.
É sabido também, que a luta contra a pobreza precisa de múltiplas respostas que envolvam a sociedade e não apenas o estado.
Mas o estado deve envolver-se no combate á pobreza de uma forma continuada e coerente.
Os partidos políticos em geral, fogem aos compromissos ou, passam a vida a reivindica-los, conforme os ventos eleitorais.
Não é possível derrotar o monstro da pobreza sem um compromisso político alargado a varias legislaturas.
Mas obter um pacto antipobreza implica ultrapassar a visão redutora dos ciclos eleitorais de que ninguém quer abrir mão, com o inconfessável receio de vir a perder o poder.
Só que o poder assim exercido, corre o risco de significar tudo, menos serviço aos eleitores e ao país.
Só uma vontade politica clara poderá contagiar e mobilizar a sociedade para a erradicação progressiva da pobreza.
Mobilizar o país para o essencial é também uma tarefa do próximo
Presidente da Republica.

Que assim seja……..

Donnerstag, Januar 19, 2006

A POBREZA I

Mais de que uma diferença è um fosso, a distancia entre os muito ricos e os muito pobres continua a aumentar em Portugal.
Os dados indicam que Portugal è o país da UE aquele em que a diferença entre os melhores e os piores rendimentos è maior.
O abismo entre os muito ricos e os muito pobres è tão gritante que Portugal parece ter aderido a um novo regime: um país, dois sistemas.
A pobreza escondida, envergonhada, esquecida e espezinhada, aumenta a cada dia que passa, mas os assumidamente pobres, parecem ser cada vez mais.
Quando se percorrem as ruas das grandes metrópoles, as mãos estendidas dos assumidamente pobres contrastam e ferem a paisagem da abundância, proporcionada, por exemplo, pelo desfile de tantos carros de apreciável cilindrada.
Os dados estatísticos tèem a vantagem de confirmar a pobreza que todos podemo9s adivinhar com a mera observação da realidade e que aponta para a conclusão de que neste momento, em Portugal cerca de dois milhões de pessoas sobrevivem com menos de 350 euros por cada mês.
A tendência para o aumento da desigualdade não è portuguesa, mas universal, como indicam os números divulgados pela ONU.
Mas è indiscutível que a pobreza de boa parte dos portugueses è um fenómeno persistente e resistente a diferentes governos e maiorias.

(continua)

Sonntag, Januar 15, 2006

HOMENAGENS

Cáceres Monteiro, jornalista e repórter dos repórteres, deixou-nos para todo o sempre, numa viagem sem regresso, na busca da sua ultima “grande reportagem”. Que no além tenha a luminosidade dos juntos e a paz que tanto merece. Também a escritora, a mulher, ILSE LOSA se foi do mundo onde vivo, para a ultima jornada, onde serenas e angélicas imagens manterão no esplendor da luz perpetua.
Que ambos sirvam de lição e guia a todos aqueles seguidores dos passos terrenos. Ambos morreram, enquanto estavam vivos!