Montag, Dezember 25, 2006

VIVER A MORTE

A morte é uma característica essencial da humanidade,
mas não é a única que tem consciência da inevitabilidade
da morte. A sociedade actual desenvolveu níveis notórios
de progresso cientifico-tecnico, também ao nível da medicina
e da melhoria da qualidade de vida, que altera a própria vida
da humanidade. Daqui surgiu uma nova cultura, com um
quadro axiológico próprio, ao que lhe podemos chamar
pós-modernidade. Esta cultura não aceita a morte, que se
converteu num facto escamoteado e numa doença social.
Num passado recente, a morte ocorria em casa, onde o moribundo
passava os últimos dias, num ritual familiar e social, hoje, a pessoa
falece em instituições hospitalares, rodeada de uma panóplia de
maquinas e soluções medicas, mas na maior solidão.
O direito a uma morte digna pressupõe a inviolabilidade de
uma vida humana, traduzida na condenação ética e jurídica da
eutanásia, ainda que por compaixão e a pedido do doente, a supressão
de tratamentos fúteis e que causam grande sofrimento ao doente,
a necessidade de incrementação de cuidados
paliativos, que respeitam o processo de morte em curso e promovam a
qualidade de vida do doente.

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