Sonntag, Juni 11, 2006

TIMOR

Quatro anos depois da conquista da independência, num processo dramático, as armas ouvem-se de novo no país, timorenses contra timorenses, provocando vítimas e obrigando milhares de pessoas a procurarem refúgio além-fronteiras.
Não é fácil encontrar uma razão objectiva para este regresso da violência.
Mas não se andará longe da verdade, se se disser que tudo se deve a uma conjugação de circunstâncias que se mantêm latentes no país: questões étnicas nunca ou mal resolvidas, inexperiência política, falta de maturidade democrática e – a mais importante, a que acaba por fazer emergir as outras – a prevalência de poderosos interesses económicos relacionados com o petróleo do Mar de Timor.
A situação não é fácil de resolver, tanto a nível político como militar, e exige uma resposta pronta da comunidade internacional, aliás já concretizada com a chegada de tropas australianas e de um contingente português da GNR.
É, porém, apenas, a acção imediata possível, com o intuito de pôr fim aos combates – e está longe de levar, só por si, a uma solução duradoura e estável.
Essa terá de passar pelos próprios timorenses, a começar pelos órgãos de soberania, através da consciencialização de que, para lá das divergências, só a comunhão de objectivos pode conduzir à reconstrução do país.
A aceitação quase unânime da sua voz por parte da população pode traduzir-se, como noutras ocasiões graves, numa grande capacidade de unir.
E a união conduz sempre à paz.

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