Sonntag, Mai 17, 2009

CORRUPÇÃO

A corrupção é a doença que mais ameaça Portugal
e a Europa, mais que a própria Sida e o cancro.
A corrupção transforma algo que é em algo que
não é, transforma algo com substancia em algo sem
substancia, ou seja, mudança que nega a razão de
ser de algo. É a destruição, a dissolução, por oposição
à força produtora e à criação. O que corrompe destrói,
provoca o não ser do ser corrompido, assim a
corrupção, é o maior mal social porque
destrói, anula a própria sociedade, daí sempre ter sido
essencialmente um crime em toda e qualquer civilização.
Corrupção não é apenas a infracção ao dever funcional,
praticado pelo agente público político ou administrativo,
não é só o suborno a taxa de urgência, a corrupção
exteriorizada em acto, costuma proceder de corrupção
bem mais ampla e na maior parte das vezes, interna que
antecede o acto à prática, antes de ferir o património
público ou particular, a corrupção degrada os valores
íntimos de cada um, relativiza os costumes e a cultura
da virtude, anulando os pilares e os princípios que
mantêm a sociedade elevada e digna do seu próprio
orgulho. Mas a degradação moral começa, por pequenas
concessões, pequenas inversões axiológicas no nosso
dia a dia, e prossegue corroendo o homem e a sociedade.
É precisamente a tolerância de pequenos vícios, já na
vida privada, que prepara a aceitação das grandes
corrupções na vida pública e na vida política. Quando
os interesses privados passam a sobrepor os públicos,
quer dizer que se perdeu o espírito cívico e ético.
A corrupção material é o recebimento de qualquer
vantagem para a prática ou omissão do acto de ofício.
A corrupção moral é a que precede à material,
porque ao receber a vantagem já ocorreu no
corrompido a deterioração de qualquer princípio
de moralidade pessoal ou funcional. Tanto uma
como outra assumem formas activas e passivas,
porque também quem oferece a vantagem indevida
já não apresenta nenhum princípio moral.
A corrupção moral abrange também a corrupção de
costumes, a falta de carácter particular ou nacional,
o desleixo administrativo ou governamental, a falta
de solidariedade a indiferença pela sorte alheia ou
pelos interesses públicos, a tolerância condescendente
superiores ás falhas dos subalternos, filhos e
tutelados. Há corrupção na política, na polícia, na
justiça, na administração pública, na educação,
nas diversões públicas, (futebol etc.) na família, na
economia, no direito, nos medicamentos, nos
discursos/argumentos pseudocientifcos, nas
igrejas etc…….
Na política fala-se na compra de apoio e do voto
e do poder dos lobbies nas votações da legislação.
Na polícia a principal corrupção é a perda da
própria razão.Na justiça, essa já demonstrou
casos pontuais, mas gravíssimos de corrupção
explícita que ofendem a razão de ser.
A corrupção dos melhores é a pior corrupção.
Na administração pública, essa já é crónica, a
prostituição dos que ganham para defender o
interesse público, por outro lado o nepotismo
é descaradamente utilizado e jamais justificado.
Na educação, já é cultural a deturpação da
aprovação garantida em troca da simpática
receptividade da “malta”, o mérito intelectual
cedeu lugar a tudo inclusive ao
politicamente-correcto.Há corrupção nas
diversões, quando se baixa o nível cultural
para se alcançar maiores audiências.
Exemplo disso é o Jornal Nacional de sexta-feira
da TVI,um jornal prostituído, apresentado
por uma dificiente mental, e um comentador
desfasado, plagiador de ideias e esquizofrénico.

1 Kommentar:

Anonym hat gesagt…

Numa sociedade política em as "negociatas" entre “políticos” de diversas "cores" são transversais a todo leque partidário - da assembleia da republica -; e em que a actual geração politica até perfila as mesmas ideias: cumprir dois mandatos na assembleia da república e enriquecer o mais rápido possível; não é de admirar tais acontecimentos. Estes são casos de justiça e de cadeia para quem quer que seja, mas estamos em Portugal!
Superior a estes acontecimentos lamenta-se o facto do enorme défice de ideias e de ideologias partidárias da actual da geração política que deveria preocupar a sociedade civil. Os debates em vez de troca de ideias ou de debate ideológico é uma troca de acusações de falhas de índole pessoal e/ou partidário.
Esta sociedade política traz-me saudades da cassete do sr. Cunhal, dos discursos franceses do Dr. Mário Soares, da Social-democracia liberal do Dr. Sá Carneiro ou até de uma direita, apelidada de centrista, de Adelino Amaro da Costa, em que existia um debate de ideias estava subjacentes as suas convicções partidárias e ideológicas.
Posso ser parecer o "Velho do Restelo" mas ideias vãs em espaço virtual não dá coisa importante apenas procriam debate de egos.

Um colega de faculdade.