Montag, April 25, 2005

PROIBIÇAO NAO INSCRITA

O governo a principio, resolveu suspender a aplicação da lei aprovada pelo anterior Executivo, que proibia o consumo de tabaco em recintos fechados, restaurantes, tabernas, cafés incluídos, com o interessante argumento de que necessitava de “olhar para o diploma” e pedir a opinião “de outros parceiros”. Agora está prestes a aplica-la.
Sendo eu um cidadão, em pleno gozo de todos os seus direitos cívicos e políticos e devidamente habilitado com carteira profissional de fumador, deveria talvez esperar um telefonema ministerial, pedindo-me uma opinião informada sobre o referido decreto, um dos monumentos legislativos mais inúteis que Santana Lopes entendeu contribuir, para infelicidade dos Portugueses, no breve tempo em que o deixaram á solta.
Enquanto o telefone não toca, fumo cigarro após de cigarro, com a natural ansiedade de quem espera ser consultado pelas altas instâncias para poder transmitir a minha fundamentada opinião.
Um dos “parceiros “que o governo consultou, chama-se Conselho de Prevenção e Tabagismo, um organismo semi-clandestino que, em tendo a oportunidade, emite a inesperada opinião de que é necessário para prevenir o consumo de tabaco é proibir.
Respeitando, claro, esta sabia opinião, é inevitável colocar algumas duvidas pertinentes sobre a sua eficácia.
O discurso sobre os malefícios do tabaco, é velho, como o próprio tabaco.
Não impediu que o numero de consumidores aumentasse ao longo dos séculos. Talvez seja tempo, para tentar uma abordagem radicalmente diferente, aproveitando a natural rebeldia da juventude ás normas de comportamento que lhe são impostas.
E se em vez de ser proibido, o consumo de tabaco fosse obrigatório?
Os jovens fumavam menos.
Ainda dizem que vivemos num pais livre.

1 Kommentar:

Jorge hat gesagt…

Gostei da ironia. Gostei mesmo
E se resultasse?! Talvez os politiqueiros rascas que infelizmente continuam a brotar de um chão invisível, como se fosse batas, grelos, cenouras, etc... ( estes pelo menos são absolutamente imprescindiveis na nossa alimentação, ao contrário dos referidos cavalheiros ),não saibam (o que não espanta nada) o que aconteceu na América da lei seca e dos Al Capones!