Montag, Juni 06, 2005

SOBREIROLOGIA POLITICA

Chega a ser comovente a preocupação dos portugueses com o abate dos sobreiros, uma espécie florestal protegida legalmente em Portugal desde o tempo salazarista.
Desde as imagens mais estupefactas, do tipo “os sobreiros morrem de pé” até a sempre interessante dicotomia entre os maquiavélicos “interesses privados” os campos de golfe, neste caso o interesse nacional, a produção de cortiça, os amigos do chaparro disparam em todas as direcções sempre que o ruído de uma motosserra abafa o chilrear dos passarinhos.
São os ecos desse passado idílico e rural, que só é cor de rosa porque felizmente a maioria dos portugueses vive hoje em apartamentos com electricidade, gás e saneamento básico, que se ouvem sempre que se fala de abater sobreiros para utilizar os terrenos em actividades mais modernas, mais produtivas e criadoras de muito mais riqueza para o país.
Portugal continua a ser o maior produtor mundial de cortiça, só que o país pouco ou nada ganha com isso.
Quem ganha são os latifundiários, a cortiça só é rentável para o SR.Americo Amorim o REI da cortiça.
Os ecologistas terão as suas razões para defender os sobreiros contra os campos de golfe, mas uma curiosa “lei da rolha” impede que também estão a defender o empobrecimento do país e um conceito vagamente salazarista de Portugal, além de estarem ao lado dos patrões da industria e do grande latifundiário.

Enfim sobreirologias.

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